sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Programação Normal e Conselho Federal de Medicina

 Ja ja voltaremos a programação normal, após todo o desabafo, a catarse  das" coisas da minha infância".

Bom, a vida é bela, a vida continua.
Cada um é visto como se mostra.
E nada acontece sem nossa permissão.

O mundo te trata como você o trata.
Nenhuma história é escrita sem a nossa particípação.
E não da pra achar culpado em tudo, além de você proprio.

Não existem culpados nem bonzinhos.
Cest la vie.

Os anéis se foram, mas os dedos ficaram .
E teclam.

Ah como teclam.

E já é sexta.
Tempo de respirar fundo, curtir a folga, colocar as idéias no lugar e bola pra frente.


Antes de acabar a semana, queria contar que o Conselho Federal de Medicina aprovou uma lei que dá ao paciente terminal o direito de não continuar o tratamento, quando não for mais possivel uma melhora, quando a situação for irreversível.
 Na prática, o paciente vai poder registrar no próprio prontuário a quais procedimentos médicos quer ser submetido no fim da vida.
Leia mais aqui , aqui, aqui e aqui.
Importante esclarecer a diferença entre eutanásia, ortotanásia e distanásia.


Não sei se já contei aqui, mas logo após a residência me especializei em oncologia pélvica ginecológica.  Até hoje trabalho com isto num hospital terciário de referência em São Paulo,  no setor que oferece suporte a estas pacientes durante o tratamento, e após ele.
Então, isto é bem próximo da minha realidade.

 Lembrando que esta medida  não significa deixar o paciente sem assistência, com dor ou com qualquer outro tipo de desconforto.
Nada disso.
Significa basicamente oferecer suporte paliativo, quando a doença se encontra incurável, e numa situação irreversível, e não mais outras medidas que só prolongariam o sofrimento.

Isto, óbvio,  é diferente de abreviar a vida, o que  continua sem ser permitido.




3 comentários:

  1. Ló,
    Hoje mais do que nunca, acredito que a dignidade do Ser Humano em uma doença grave e fatal tem que ser preservada, é egoísmo querer fazer qualquer coisa a qualquer custo. O Paciente tem que ter o direito de falar : Chega, cheguei ao meu limite, já que não há esperança de cura quer apenas viver com dignidade.
    Feliz em ver que o conselho desceu de seu pedestal de deus Supremo e reconheceu o direito acima de tudo a dignidade

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  2. Lo, voce disse que temos blog pra isso, lembra? Pra dividirmos as historias do dia a dia, desabafar.
    Entao nao pare pois essa é a programação normal.

    Beijinhos!!

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