Mas, não consegui prosseguir, pois só conseguia pensar no filme que vi ontem.
Bom, eu já falei aqui do impacto de Love Story na minha vida.
Já dei a entender o amor da minha mãe por dramas.
Sim, ela adora.
Na vida e na arte.
Minha mãe faz um drama por tudo. Se me ligar e eu não atender, drama! . Aciona o papa se preciso for para me localizar.
Se eu atender e disser que estou ocupada, ela precisa de , pelo menos, cinco minutos, pra dar algum recado.
Se a ligação cair, outro stress.
Se eu ligar, falar com meu pai, e não lhe der nem um oi, é um Deus nos acuda.
Antes isto gerava algum conflito.
A diferença é que agora, eu aprendi a entendê-la.
Hoje entendo esta característica dela. E ela, por sua vez, reage melhor quando eu não ligo mais todo dia como antigamente. Ou quando demoro a atender.
Aprendemos a nos respeitar.
A nos conhecer melhor . Não nos testamos mais.
Já sabemos nossos limites, e podemos antever algumas reações.
Nos amamos sem tantas idealizações.
Bom, voltando ao filme, este foi um que marcou muito minha infância.
Conta a história de um relacionamento de uma mãe com a filha.
Não é um relacionamento perfeito. Nunca é.
Muito pelo contrario, tem muitas falhas.
Cada uma tem suas muitas espectativas em relação a outra , e sai todo mundo frustrado.
Mas, não falta amor.
Nem presença e acolhimento nos momentos difíceis.
DaquiViram as melhores amigas, confidentes.
A filha não segue o caminho desejado pela mãe. A mãe pode até não aprovar, e criticar; mas não abandona.
E as dificuldades, só servem para uní-las ainda mais. Sempre mais.
E eu, morando longe, mais velha, cada dia que passa me sinto mais próxima da minha mãe.
Próxima mesmo, como só amigas podem ser.
Próxima a ponto de entender seus defeitos, suas falhas.
E principalmente, amiga a ponto de respeitar seu jeito, sua individualidade, e sua opinião.
Hoje ela não dá a última palavra na minha vida, mas, sem nenhuma dúvida , é a palavra mais constante.
E uma das mais importantes.
É o melhor ombro.
E o melhor colo de todos os tempos.
Por isso tudo , ontem eu chorei.
Pelo filme.
E pela gente.
Chorei de alegria.
Acho que realmente só a serenidade da maturidade para fazer entender e nos aproximar cada vez mais das nossas mães... Hj tbm morando longe me sinto muito mias proxima do que quando moravamos na mesma casa e assim a vida segue seu rumo. Beijos
ResponderExcluirLindo texto, sis. Ela, nossa mãe, vai adorar.
ResponderExcluirBeijos!
Acho que sim Rob, a maturidade só nos faz querer mais bem ainda. Nos aproximamos mais.
ExcluirDepois vou mostrar a ela, sis.
Beijos