segunda-feira, 23 de julho de 2012

Laços de Ternura

Eu ia começar a semana falando sobre um monte de outras coisas.
Mas, não consegui prosseguir, pois só conseguia pensar no filme que vi ontem.

Bom, eu já falei aqui do impacto de Love Story na minha vida.
Já dei a entender o amor da minha mãe por dramas.

Sim, ela adora.
Na vida e na arte.
Minha mãe faz um drama por tudo.   Se me ligar e eu não atender, drama! . Aciona o papa se preciso for para me localizar.
Se eu atender e disser que estou ocupada, ela precisa de , pelo menos, cinco minutos, pra dar algum recado.
Se a ligação cair, outro stress.
Se eu ligar,  falar com meu pai, e não lhe der nem um oi, é um Deus nos acuda.

Antes isto gerava algum conflito.
A diferença é que agora,  eu aprendi a entendê-la.
Hoje entendo esta característica dela. E ela, por sua vez,  reage melhor quando eu não ligo mais todo dia como antigamente. Ou quando demoro a atender.
Aprendemos a nos respeitar.
A nos conhecer melhor . Não nos testamos mais.
Já sabemos nossos limites, e podemos antever algumas reações.
Nos amamos sem tantas idealizações.

Bom, voltando ao filme, este foi um que marcou muito minha infância.
Conta a história de um relacionamento de uma mãe com a filha.
Não é um relacionamento perfeito. Nunca é.
Muito pelo contrario, tem muitas falhas.
Cada uma tem suas muitas espectativas em relação a outra , e sai todo mundo  frustrado.
Mas, não falta amor.
Nem presença e acolhimento nos momentos difíceis.


Daqui



Viram as melhores amigas, confidentes.
A filha não segue o caminho desejado pela mãe. A mãe pode até não aprovar, e criticar; mas não abandona.
E as dificuldades, só servem para uní-las ainda mais. Sempre mais.

E eu, morando longe, mais velha, cada dia que passa me sinto mais próxima da minha mãe.
Próxima mesmo, como só amigas podem ser.
Próxima a ponto de entender seus defeitos, suas falhas.
E principalmente, amiga a ponto de respeitar seu jeito, sua individualidade, e sua opinião.

Hoje ela não dá a última palavra na minha vida, mas, sem nenhuma dúvida ,  é a palavra mais constante.
E uma das mais importantes.
 É o melhor ombro.
E o melhor colo de todos os tempos.

Por isso tudo , ontem eu chorei.
Pelo filme.
E pela gente.

Chorei de alegria.

3 comentários:

  1. Acho que realmente só a serenidade da maturidade para fazer entender e nos aproximar cada vez mais das nossas mães... Hj tbm morando longe me sinto muito mias proxima do que quando moravamos na mesma casa e assim a vida segue seu rumo. Beijos

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  2. Lindo texto, sis. Ela, nossa mãe, vai adorar.
    Beijos!

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    Respostas
    1. Acho que sim Rob, a maturidade só nos faz querer mais bem ainda. Nos aproximamos mais.

      Depois vou mostrar a ela, sis.

      Beijos

      Excluir

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