Cena 1:
M. de 32 anos com queixa de anorgasmia e diminuição de desejo em relacionamentos longos. Ou seja, passada a fase da paixão M. se desistimula e a vida sexual fica morna. M. é orientada quanto a importância da fantasia no casamento, e é estimulada a viver estas fantasias com o parceiro. Retorna 45 dias depois com melhora e com uma vida sexual mais satisfatória, porém descobre que não gosta do parceiro. Isto a faz perceber que não o ama. Nunca o amou. Opta pela separação. Sai da consulta, outra pessoa, mais leve. Tranquila com sua descoberta, e consciente de que uma boa vida sexual exige investimento mútuo. Leve, pois percebe que passará por uma turbulência, que é a separação, mas sabe que a vida não tem sentido sem paixão, sem ânimo e sem amor. Uma vez que optou pelo amor, não pode mentir a si mesma e continuar casada. E põe a fila para andar.
Cena 2:
M. de 53 anos, vem a consulta questionando se está morta pra vida. Se virou uma geladeira. Tem um casamento sem diálogo, sem contato físico há mais de um ano. Vive uma relação desgastada, aonde ela é quem sustenta a casa, financeira e emocionalmente. Se sente sozinha e responsável por todas as decisões. É ressentida por não ter um companheiro. Sabe que está numa encruzilhada entre lutar por um casamento falido, e tentar resgatar o que está perdido, ou desistir dele e buscar sua felicidade sozinha. Fala que foi criada de forma conservadora, e preparada para que as " coisas" dessem certo.
Eu pergunto, " O que é dar certo, se não ser feliz?"
Tudo isto é vida. E ela está em constante movimento.
E a gente tem que estar preparada para isto.
Boa sorte para elas.
Boa sorte para todas nós!
Oi Lorena!
ResponderExcluirNa vida tudo é possível desfazer para voltar a construir. Não se pode ter medo de reformas, pois o medo delas pode resultar nessas duas cenas. Melhor que dias perdidos são dias construídos e compartilhados. (sorrio)
Abraços.
Convido para que leia e comente “RIDE THE LIGHTNING” no http://jefhcardoso.blogspot.com/
Mudando um pouco o ditado: de psicologo e louco, todo medico tem um pouco.
ResponderExcluirAdorei os relatos.
Bjs
É mesmo Lu. Ginecologista acaba sendo um pouco psicologo mesmo, ainda mais qdo trata sexualidade.
ResponderExcluirbeijos