O Conselho Federal de Medicina passa a defender o direito de escolha da mulher ao aborto antes de 12 semanas, se este for o seu desejo ( após passar por uma avaliação médica ).
Além dos casos de estupro, risco de morte materna , e anencefalia.
Na verdade, este é um post informativo, mas eu sou favorável sim, a esta medida.
Talvez por eu trabalhar com saúde pública e ver de perto, que no Brasil, quem mais sofre com o aborto clandestino e mal orientado, é a mulher pobre. A corda sempre arrebenta pro lado mais fraco no nosso país.
Isso não quer dizer que eu seria capaz de fazer um aborto ( sempre tem alguém " inteligente " que vem com esta pergunta ). Até porque nunca passei nem por perto de um dilema deste, mais nova.
E agora, independente emocional e financeiramente, com 35 anos, este dilema passaria mais longe ainda.
Também não quer dizer que eu, como médica, gostaria de trabalhar com isso . Mas isto fica para outro post.
Hoje eu gostaria que vocês lessem a matéria, tentassem sair um pouco das suas zonas de conforto e pensassem em termos de saúde pública, de igualdade, liberdade e direito de escolha.
Aqui esta o link da matéria.
Nossa, não sabia. Mas acho que não vai passar.
ResponderExcluirAqui em Portugal pode, há uns 6 anos... É muito difícil e triste trabalhar com isso pelo que eu me recusei. Infelizmente muita gente passa a banalizar o aborto, a fazer como se fosse igual a tomar uma aspirina, faz um, dois três. Me dá até náusea ver uma pessoa que tem um e depois tira outro porque "não dá muito jeito estar com barrigão no verão", ou porque queria, mas não agora. Achava que só abortava a mulher em situação de desespero, mas não é o que tenho visto aqui. Infelizmente.
E vejo casos dramáticos onde meninas escondem a gravidez até passar os primeiros meses tamanho o medo que elas tem de alguém forçá-las a abortar. Quando tem mal formações então.... aí a coisa fica dramática. Uma brasileira aqui quis manter sua filha mal formada e alguns médicos ficaram enfurecidos, diziam que era uma "atitude muito egosísta" (?)
A legalização tem um lado B. Só pude enxergar isso com clareza depois de mudar para um país onde é legalizado.
beijo grande
fê , eu concordo em TUDO que voce falou. E acho que voce pode falar mais do que eu, já que aí é liberado. Eu, como profissional, trabalho num hospital que faz aborto por estupro, apos liberação judicial. E, mesmo nestes casos, eu nao gostaria de mudar para este setor e trabalhar com isso na minha rotina, por exemplo.
ExcluirMas, mesmo assim, eu tenho uma tendencia a preferir a legalização. Não acredito que a falta dela impeça ninguem de fazer. Só fica longe dos olhos, ou chega já como abortamento incompleto nos PSs da vida. beijo