terça-feira, 2 de outubro de 2012

Eu e os Meus Cinquenta Tons de Cinza

Não sou chegada a modismos.
Não li nenhum Harry Potter, nem nenhum volume da saga dos vampiros.
Isto não significa que não goste de literatura de entretenimento.
Muito pelo contrário, adoro. Só não leio nada muito fantasioso como os citados acima.

Não sei se por trabalhar com sexualidade, se por gostar de falar , e de assistir a cenas sobre sexo ( assumo que gosto!), ou se por pura curiosidade mesmo ,  o fato é que decidi ler o livro.

Não me arrependi. Gostei.


Li com entusiasmo, e não consegui parar de ler até acabar.
Confesso que deu uma agitada sexual boa ( principalmente no início, depois achei meio repetitivo ) , e uma vontade de colocar algumas coisas em prática. Marido agradece!

Recomendei para algumas pacientes, até porque eu acho que a mulher precisa pensar mais sobre sexo.
Precisa se programar para fazer sexo. E se for preciso um livro para dar esta apimentada, por que não?

Pra mim o grande plus do livro, foi  fazer uma história romântica, com uma maior descrição da atividade sexual propriamente dita.
E também, o fato de não relacioná-la a um casamento e a uma gravidez imediata.
Sexo por sexo, enfatizando que com amor é bem melhor, mas que pode ser bom de qualquer jeito.

Não me choquei tanto quanto esperava com as cenas de sado-masoquismo.. Achei até monotono, em alguns momentos.
Um pouco " crepúsculo" demais.  Me frustrei, fiquei com gostinho de quero- mais.
Para me chocar é preciso mais.
Por este motivo  o livro foi apelidado de mommy porn ( pornografia para mamães ) . Mas, ao contrario da maioria que viu esta denominação de forma pejorativa, eu não. A maioria das mulheres gosta mesmo de uma sutileza. Sendo assim, o efeito do livro foi positivo.
A combinação dominante/ submisso  me atrai, e eu gostei da maneira que foi exposta  ali.
Em nenhum momento ela, a submissa, se mantem fazendo o que não gosta.
Ela dá as cartas, o tempo inteiro.
Ela detem o poder no relacionamento, e não ele como se poderia pensar.

E acho mesmo, que em toda relação, assim como no livro ,o papel de dominante não é fixo, não é estático. Mas está ali, presente, e muda entre os parceiros conforme determinada situação.
Não consigo ver isto de maneira negativa.  Acho que está presente na dinâmica de cada casal.
Bom, as feministas que me perdoem mas quem não gosta de um homem cuidador? Protetor?
 Com iniciativa e uma boa " pegada" de vez em quando.


Li também quem questionou e achou autoritarismo ele comentar sobre depilação, malhação, uso de lingerie, a importância de estar cheirosa....
 Eu, definitivamente, não entendi esta postura.
Aqui entre nós, tudo isto tem que estar implícito em qualquer relacionamento que se preze, ou não?
Chega da gente pensar que sexo bom é papai e mamãe.
Que mulher não precisa se esforçar e se arrumar, se preparar pro sexo.
Qual o problema nisso ?
Chega da gente achar que não precisa de fantasia. Precisa sim. Desde um vinhozinho, uma mensagem picante no meio do dia, uma cinta liga...Sair pra jantar sem calcinha....Precisa de imaginação sim.
É bom e saudável.

Gostei também dela ser aberta a novas possibilidades.
Salvo alguns exageros, mas se o seu parceiro insinuar uma posição, um local, um aparelho novo, tente pelo menos, pensar a respeito. Não rejeite a idéia logo de primeira.

É isso, achei que como literatura trivial, e com um certo erotismo, sem perder romantismo, o livro desempenha bem o seu papel.

Foto do google


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