Não esperem características grandiosas que sejam capazes de mudar o mundo.
São características pequenas, mas que interferem e muito, no meu mundinho e no dos que me cercam.
Um defeito:
Eu sou abelhuda.
Eu dou opinião e interfiro na vida de todos. Se eu acho que algum amigo, não está levando bem a vida dele, eu falo mesmo. Não consigo ser indiferente. Só sei amar assim. Eu me importo de fato.
Explico melhor, se uma amiga, me fala que quer ter filhos, conhecer alguem: EU GRITO que ela precisa fazer isso acontecer. Não pode ficar em casa esperando! Tem que sair, se expor, se arriscar. Não sossego enquanto não perceber que ela está tomando as rédeas da situação.
Não consigo também entender, por exemplo, quem não gosta de viajar. Como assim, tem grana e não vai?
Não fico quieta, falo mesmo, incentivo, estimulo. Às vezes sou até bem chata.
Mas, se perceber que a amiga não quer ter filhos mesmo, ou, constituir família, ou viajar. Sei lá. Respeito e apóio. Eu quero tudo isso, mas consigo enxergar felicidade de uma forma diferente da minha. Não sou também uma louca, intransigente. Só preciso ser convencida de que existe felicidade aí, e não uma zona de conforto, da qual é difícil sair.
Não acho que a gente TEM QUE nada, para nada, ou por nada.
Aliás, só TEM QUE ser feliz!E pela gente mesmo.
Uma qualidade:
De novo, devo dizer, só faz bem para mim.
Eu mudo de idéia, de verdade absoluta, de crença com uma facilidade tremenda.
Não é que eu não tenha personalidade, isso eu tenho.
O que eu não sou é burra. Não dou murro em ponta de faca, isso não. Não deu certo por este caminho, tento aquele outro. E aceito sugestões.
Historinha para ilustrar:
Eu sempre fui meio
Até que minha amiga Dani me alertou.
Estávamos em Punta Del' Leste na segunda garrafa de vinho, quando ela me disse:
"Lorena, quanto tempo mais você vai ficar sozinha? Sem arriscar encontrar alguém? Pode dar certo, ou não mas você precisa tentar e fazer alguma coisa!!!Sua vida é ótima, mas pode ser bem melhor!"
Caiu a ficha! Foi sofrido perceber que ela estava certa, brigamos por meia hora. Fiquei triste com ela, e, mais ainda comigo mesma. Difícil reconhecer que havia verdade no que ela dizia.
Eu ouvi e assimilei tudo que ela me disse.
E, numa dessas do universo, conheci meu marido uma semana depois, na balada!
Por isso que eu questiono quem me fala, que não vai mudar. Que é desse jeito e pronto.
Se não está dando certo, porque continuar investindo no que só da prejuízo?
Ah, está feliz assim. Então deixa como está. Tudo bem, respeito. A vida é sua!
Mas, se não for este caso.
Ouve. Aceita sugestões. Pensa a respeito.
Muda.
Se continuar assim, até eu vou desistir de você,viu?
Lo, plagiando Chico Anysio ontem no fantástico com uma frase de Pascal:"mudo de opinião, sinal que penso"!
ResponderExcluirBj, boa semana!